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Vaca das Cordas # Ponte de Lima |
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« Já nos mais antigos e carcomidos alfarrábios guardados de há séculos na poeira dos arquivos fradescos ou camarários, se fala na corrida de toiros de Ponte de Lima, e perde-se na bruma imemorial dos mais arrecuados tempos a tradição lendária da Vaca das Cordas, que ainda hoje se realiza na linda vila do Lima, em vésperas de "Corpus Christi. » Foi assim que o Conde d'Aurora descreveu "A tradição taurófila do Lima", no Almanaque de Ponte de Lima, 5º ano, em 1923. Este ano, a Vaca das Cordas sai à rua no próximo dia 2 de Junho, cumprindo a tradição de se realizar ao final da tarde (18.00 horas), na véspera do Corpo de Cristo. A Vaca das Cordas sai da casa do Conde d'Aurora, segue para a Alameda de S. João e sobe a calçada do Passeio 25 de Abril. No adro da Igreja Matriz, a praxe obrigatória cumpre-se com as três voltas ao edifício. O animal é depois levado pelo Largo de S. José, passa pelo Largo de Camões e pelo Largo da Feira até ao areal. O presidente da Comissão Organizadora da Vaca das Cordas, Aníbal Varela, lembra que foi o seu avô quem reavivou esta tradição. Desde então, a "missão" passou de geração em geração. O principal objectivo é manter a tradição, afirma Aníbal Varela. A Comissão Organizadora editou, no ano transacto, uma brochura intitulada "Correr touros em Ponte de Lima - A Vaca das Cordas", cujo objectivo é contribuir para um melhor conhecimento desta corrida. A brochura reúne um conjunto de textos, da autoria de limianos de renome. Miguel Roque dos Reys Lemos, Conde d'Aurora, José Rosa de Araújo, em parceria com Adelino Tito de Morais e Raul Manuel Teixeira, sob o pseudónimo de António Plácido, são os autores invocados para lembrar as tradições de Ponte de Lima ligadas aos touros. O coordenador da edição, Ovídeo de Sousa Vieira, refere mesmo excertos do nº 1096 do jornal "Cardeal Saraiva", de 3 de Junho de 1937, em que se lia: "é curioso: chamavam ao pobre animal vaca... quando era um autêntico boi".
Miguel Roque dos Reys Lemos escreveu:
"por um uso antiquíssimo, que se perde na escuridão dos séculos e que nunca foi interrompido até 1884, fez-se sempre, anualmente, em Ponte de Lima, a corrida da vaca das cordas, na tarde da véspera de Corpus Christi." Na obra do Conde d'Aurora, descreve-se: "a praxe seguida e obrigatória: dava o animal bravio três voltas à Igreja Matriz. Só depois começava a brincadeira... Trambolhões, correrias, sustos, bravatas, nódoas negras, tropelia, algazarra, e quando a vaca começa a cansar-se, é levada pelo areal, a beber ao rio. Avança a tarde, é sol posto, mais duas voltas na vila e o animal recolhe."
José Rosa de Araújo e Adelino Tito de Morais realizaram uma entrevista a Alcindo Vale Dantas em Maio de 1980, em que este descreve a tradição da Vaca das Cordas dos dias de hoje.
O presidente da Comissão Organizadora da Vaca das Cordas garante que "este ano o touro vem mesmo do Ribatejo", tendo custado cerca de 500 contos.
Aníbal Varela deixa um apelo aos automobilistas, no sentido de não estacionarem as suas viaturas nas artérias onde passa a Vaca das Cordas, sob o risco de serem danificadas à passagem do animal.
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